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quinta-feira, 5 de março de 2015

Insurreição Pernambucana, Liberdade! Um teu filho proclama!


Estimuladas por uma situação política e econômica opressiva, externamente o Brasil  sugado por Portugal, sustentando um Estado doente e apodrecido. Nessa época o seminário de Dom José Joaquim de Azevedo Coutinho em Olinda divulgava novas ideias. Buscava Liberdade através de uma republica. Todos no nordeste são vítimas, ricos e pobres. E esta generalização das vítimas possibilitou a união das camadas diferentes da população, levando-as à luta contra o inimigo comum, Portugal. A revolta estourou no dia 6 de Março e teve duração de 75 e cinco dias. Logo no dia 8 de Março de 1817 estava constituído um governo republicano tão sonhado pelos lideres Pernambucano. Administrado por um governo de cinco nomes, com um conselho também de cinco membros, com uma durabilidade tão pequena, mas foi o bastante para demonstrar como se desmonta uma maquina de opressão.

A republica de 1817 foi o primeiro governo realmente brasileiro. Previa uma constituição a ser votada por uma assembleia constituinte; tinha traços progressistas notórios para a época, liberdade religiosa e de pensamento, entre outras. Seus lideres lutaram ativamente por aquilo que chamavam de “direitos naturais” dos cidadãos. Tratava-se, sobretudo de uma luta contra a censura, ou seja, pela liberdade de imprensa. No que diz respeito à religião, à moral e à política, o indivíduo precisa ter assegurado o seu direito à liberdade de  pensamento e de expressão. Foram estas ideias que impulsionaram o movimento emancipacionista. E dentro deste sistema, os padres estão bem presente, um deles, Frei Caneca, teve uma participação marcante porem não muito citada, segundo alguns teóricos. Joaquim da Silva Rabelo, Frei Caneca (1779 -1825) foi educado no convento do Carmo e Professor do Seminário de Olinda, centro de difusão das ideias liberais, tornando-se um intelectual erudito e homem de ação. O Seminário de Olinda era uma das melhores escolas secundárias do Brasil. Nela, os jovens eram formados segundo um novo modelo inspirado na observação da natureza e na valorização de um espírito prático, afastando-se das especulações do ensino jesuítico. Esse era o modelo de sacerdote que se pretendia formar no Seminário, educando sempre jovens atentos aos elementos da natureza, mas também contribuía, para formar, no plano político, republicanos desejosos de livrar-se de Portugal. Foram esses pressupostos pedagógicos que orientaram a educação de Frei Caneca. Seguiu vida religiosa e participou ativamente nos centros políticos liberais. Tornou-se professor de retórica e de geometria no convento. Desenvolveu estudos de gramática quando esteve na prisão e lecionou filosofia. Influenciado pelas ideias liberais de sua época, participava de um grupo de pessoas que partilhavam com os princípios defendidos pelas lideranças da Revolução Francesa e da Independência do EUA. 

Além disso, elaborou textos de conteúdo didático preocupado em instruir o povo, segundo os valores que acreditavam corretos. Frei Caneca foi “defensor do equilíbrio dos poderes, do respeito à constituição e, sobretudo do fortalecimento da civilização através da educação, do esclarecimento, da propagação das Luzes do saber”. O religioso concebeu a educação como aquela que liberta as massas e a forma de conseguir conquistar, os objetivos, passa tanto pela educação quanto pelo meio de comunicação, Tanto assim que em 1823 fundou um jornal para conseguir transmitir os seus pensamentos. A igreja na época estava sendo tolhida de expor seus pensamentos. A religiosidade estava presente dentro das ideias da revolução pernambucana. Em nenhuma outra região, a impopularidade da Corte portuguesa foi tão intensa quanto em Pernambuco. Outrora um dos mais importantes e prósperos centros da produção açucareira do Nordeste brasileiro, Pernambuco estava atravessando uma grave crise econômica em razão do declínio das exportações do açúcar e do algodão. Além disso, a grande seca de 1816 devastou a agricultura, provocou fome e espalhou a miséria pela região.

Destacaram-se neste trabalho, os padres João Ribeiro, Miguel Joaquim d’ Almeida Castro (miguelinho) Joaquim do Amor Divino Caneca (frei caneca) João Ribeiro Pessoa de Mello Montenegro e José Inácio de Abreu e Lima (padre Roma),  tiveram grande influencia dentro da revolução Pernambucana. No caso de frei caneca alguns autores dizem que, é triste, porém, verificar que um dos personagens da história pernambucana deixou de ser devidamente lembrado ou foi apenas timidamente mencionado. Militarmente, os revolucionários tiveram que enfrentar forças muito superiores às de que dispunham. Foram muitos, também, os mortos e feridos. Ao norte do Recife, tentara-se o sistema de guerrilhas e nelas destacou-se a figura singular de um padre guerrilheiro, o padre Souto Maior, liderando seus homens com muita bravura e poucos conhecimentos militares. Porém, muitos membros do clero viram um perigo na liberdade religiosa, ate então proclamada, o que provavelmente significaria uma diminuição do poder político da Igreja. Presos, os líderes, entre eles, Martins e o padre guerrilheiro Antonio de Souto Maior, que o marechal Cogominho logo os fez transportar para um dos navios do bloqueio de nome sinistramente irônico, Carrasco.

A revolução pernambucana de 1817 pode ser entendida como uma mudança de estrutura ideológica no sentido amplo da questão. A presença de clérigos é evidente dentro do contexto  da  revolução de 1817, liderado por Domingos José Martins, seus ideais iluministas atingiram uma mudança radical na estrutura do pensamento filosófico do sistema vigente.

Referenciais bibliográficas.
BRASIL 500 ANOS. Período 1815 a 1831.Editora Abril.

O Homem não morre em quando sua obra está viva


A bem da verdade se faz necessário registrar os fatos como realmente são. Se buscarmos um simples histórico artístico do saudoso Zé Delicado na rede mundial dos computadores, não encontraremos. Nada, nada, nada. Não há registros de fotos ou informações sobre a vida artística de Zé Delicado.

O maestro José Duarte Tenório já foi um ilustre desconhecido diante das mais recentes gerações de Bom Conselho. Mais graças ao Projeto Carnaval de Zé Puluca, sua arte e sua memória ressurgiu como mágica. Hoje já existe registros nas redes sociais, salas de bate papos, sites e blogs sobre sua vida artística. Informações essas encontradas através de fotografias e da sua biografia. Uma iniciativa da AMABC - Associação dos Músicos de Bom Conselho, que ora representada pelo seu presidente e idealizador do Carnaval de Zé Puluca, vem contribuindo para o rico patrimônio das memórias do município bomconselhense. 

“O Homem não morre em quando sua obra está viva”. Assim ajuizava o saudoso maestro pernambucano, José Menezes. Que durante as filmagens do Documentário “Sete Corações” registrou sua arte como maestro apaixonado pelo frevo.